quinta-feira, abril 28, 2011

ITABUNA: HISTÓRIA E MEMÓRIA DO ANO 1967


      ITABUNA: HISTÓRIA E MEMÓRIA DA ENCHENTE DO ANO 1967



   Praça Olinto Leone,  Av. Beira Rio, com destaque para o prédio da Prefeitura Municipal.



Av. do cinquentenário vista do alto da Av. Juracy Magalhães.



ESQUINA DA CINQÜENTENÁRIO COM A ADOLFO MARON,ONDE HOJE FUNCIONA O BRADESCO

                                  FOTOS EXTRAÍDO DO WWW.ITABUNA-BA.COM.BR

     O fotógrafo Emerson, que ainda atua no seu estúdio na Av. cinquentário foi quem tirou essas fotos. 


Nome da imagem;
Enchentes de 1967

Autoria da Imagem;
Fotógrafo Emerson

Meio de divulgação da imagem;
Fotografias e jornais

Ano de produção da imagem.
DATA; 1967


                                  
                           A cidade de Itabuna no ano de 1967, sobreveio uma enorme inundação deixando milhares de pessoas desabrigadas. A conseqüência dessa catástrofe foi extremamente de muitos prejuízos e avaria por pessoas que vivenciaram o episódio e para alguns habitantes esta enchente foi à pior de todas. Pois originou medo, imprimido em cada semblante e o depauperamento que aceirou muitos indivíduos, com danos e instabilidade. Todo aconteceu rápido e deixou a população sem alternativa devido o município não está preparado para tal circunstância. Sem computar que centenas de animais entre entre eles: Bois, cavalos e leitões, que desciam rio abaixo impelidos pela fúria da correnteza.

                          As águas começaram a sair pelas bocas de lobo e de repente as alamedas e domicílios já estavam tomadas pela águas daquela torrente. Não deu tempo nem de tirar os móveis", descreveu a ex-lavadeira Carmelita Silvéria de Jesus, 63 anos.

                      Ela relata que nem choveu tanto no período da enchente. "Foi uma chuva normal”, durante dois ou três dias. Não foi uma enchente de enxurrada como a que costumávamos assistir. Mais choveu bastante os três dias sem pará. Com isso o rio cachoeira que rega a cidade não agüentou a acumulação de água que fluviava rio abaixo. Isso transformou-se num drama e tomou conta de toda a cidade".

                            A aposentada Maria das Neves Barreto, 62 anos, conta que na ocasião da enchente tinha dois filhos pequenos e estava gestante de oito meses
                           Saiu de casa, na Rua Ana Nery, Bairro da Mangabinha, com a água atingindo a cintura e, como tantas outras famílias, só levou a roupa do corpo. Confessa ela "Nunca presenciei tanta água chegar assim de um momento para outro, e invadir tudo tão de repente. Foram três dias de chuva e muito desespero"

                                     
O fotógrafo Emerson foi quem produziu essas admiráveis imagens onde registra este período histórico vivido pelos moradores de Itabuna. 

                            Esta imagem foi produzida em um contexto histórico em que a cidade era administrada pelo prefeito José de Almeida Alcântara.

                            A cidade de Itabuna é a terra natal do escritor Jorge Amado que a descreve em algumas de suas obras. Ex. O romance da jovem Gabriela, Cravo e Canela e Terras dos sem fim e tantas outras obras do autor.

                           Itabuna era um centro regional de comércio e de serviços, juntamente com Ilhéus.  Sua importância econômica desenvolveu naquela época no Brasil que teve como parámetro a conhecida áurea do cultivo de cacau, que por ser compatível com o terra da região levaram-na ao 2º lugar em produção do cacau no país, exportando para os EUA e Europa. 
                           As imagens em análise da década de 1967 foram fotografadas pelo fotógrafo Emerson que ainda atua em seu estúdio na Av do Cinqüentenário.
                           Com a finalidade de fazer o registro daquele terrível acontecimento da época. As fotos não foram encomendadas por nenhum organismo público, no entanto, foi aproveitada pela população e em geral por diversos políticos também, para mostrar  a fragilidade de alguns pontos do município em relação as enchentes do rio cachoeira, exigindo deste modo obras de infra estrutura na cidade.

                           Na época as fotos foi amplamente divulgada para identificar alguns pontos de fragilidades na cidade e a necessidade de efetivação de obras públicas no sentido de impedir novas ocorrências sofrida pelos moradores da cidade.

                           Tal imagem difunde a memória de um dos episódios mais trágicos já acontecido na cidade de Itabuna, que presentemente é lembrado, causando admiração e perplexidade em todos
                           Os grupos sociais presentes em tais imagens são os moradores da cidade, os comerciantes, pessoas derivadas de outras urbes vizinhas, autoridades do município e profissionais liberais em geral. 




                                                       REFERÊNCIA


ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA
www.al.ba.gov.br/v2/biografia.cfm?varCodigo=400


HISTÓRIA DE ITABUNA
Disponivel: historiadeitabuna.blogspot.com


ITABUNA - A CAPITAL DO CACAU
Disponível: www.itabuna-ba.com.br/arquivo.htm


MENESES, Ulpiano T. Bezerra de. Fontes visuais, cultura visual, história visual: balanço provisório, propostas cautelares. Rev. Bras. Hist. [online]. 2003, vol.23, n.45, pp. 11- 36. ISSN 0102-0188.   



segunda-feira, abril 25, 2011

O ENCONTRO DO EUROPEU COM O AFRICANO

  O ENCONTRO DO EUROPEU COM O AFRICANO

A partir do século XV com o desenvolvimento do comércio em toda  Europa, alguns países procuraram novas rotas comerciais. Os portugueses, espanhóis, Ingleses e holandeses foram os primeiros a aventuarem nesse intento.

A superioridade militar, armas possantes, o  acúmulo favorável na balança comercial contribuíram para a expansão colonialista européia em todo mundo, especialmente no continente africano. Com o incremento das navegações e capitalização de dinheiro, foi possível entrar em contato com o resto do mundo.  Portugal e Espanha foram os primeiros paises a aventurarem por vias desconhecidas.
 
Dias depois desenbarcaram em regiões desconhecidas, encontraram povos com costumes dessemelhantes, perceberaram a fragilidade de coordenação governamental dos habitantes recém conhecidos. por possuírem melhores armamentos e  conhecimentos técnicos prevaleceu o eurocentrismo dos conquistadores.
 
Explorando a força de trabalho desses povos de forma bárbara, conseguiram sustentar a metrópole (Portugal) e  viverem em magnificência, ao mesmo tempo conseguem manterem a balança comercial, ampliando o comércio com outros países. Começaram então a explorarem o continente africano de forma desleal, prevaleceu a superioridade tanto na dominação cultural, religiosa, econômica e política, pois os conquistados não apresentavam qualquer poder centralizado e hegemônico.

 Espantados e preocupados ficaram os conquistadores europeus ao entrarem em contanto com povos desconhecidos de tonalidades escuras, salvo-conduto que: Os nativos também ficaram espantados com homens de cor branca, conhecidos por europeus. Os ocidentais a princípio pensaram que seriam uma tinta de cor preta sobre seus corpos, ao depararem com homens seminus, pintados e com adereços, flechas nas mãos e olhares cautelosos.

                         Imperou a superioridade da civilização européia perante aqueles povos que eles chamaram de incivilizados, sem visão do mundo, ignorantes, bárbaros, selvagens, sem expectativa, a qual o europeu chamou de o “outro”. Foram dominados, prendidos, humilhados, trancafiados e atirados nos porões das caravelas como se fosse qualquer mercancia. Esses nativos provinientes do continente Africano constituíram mão-de-obra ancila para as diversas colônias das metrópoles e enriquecimento das mesmas.

                           O homem contemporâneo era visto como civilizado, contemplativo, religioso e morava em sociedade. É comerciante e proletariado, é sonhador, procura explorar o máximo seus conhecimentos e por em prática, explora a força de trabalho e é assalariado, é também explorador, aventuroso, conquistador e desbravador. Sendo conquistador deixa sua terra natal para descobrir novas rotas comerciais sobre licenças dos reis que financiavam as excursões no intento de conquistar novas rotas para comercializar e comprar as manufaturas, com a finalidade de enriquecer e  conquistar novos horizontes.

                         Enquanto o “Outro” como foi chamado pelos europeus os africanos.  Ao entrarem em contacto com os africanos sentiram-se superiores, devido o primitivismo que os povos tribais viviam perante os ocidentais. E foram submetidos ao etnocentrismo e ao eurocentrismo, onde a cultura européia predominou.

                           A repercussão deste contato foi à declaração de um povo primitivo, sem princípios, arcaico e ante-social, de cor alheia selvagem, apático e atrasado, sem cultura e administração.
                        Segundo Vieira (2006, p,3 )

A suposta superioridade da cultura ocidental é uma ideologia internalizada pelos próprios colonizadores, sobretudo as elites dominantes nacionais. Dentro desta visão a elite dominante representa o estágio mais avançados do desenvolvimento humano. E é nesse contesto que as culturas dos povos dominados são retratadas como arcaicas. Os índios americanos ganharam á imagem de nobre selvagem, e os asiáticos a fama do saber já morto, nenhuma cultura foi considerada mais primitiva ou arcaica do que a africana.

                          Na realidade sobressaiu à superioridade tanto militar, econômica e técnica, e acima de tudo ideológica. Devido o aparecimento de uma nova consciência e modo de pensar adquirida com o movimento renascentista, que trouxe noção de conhecimento nas navegações e outras ciências.  Não devemos esquecer que cada povo apresenta sua cultura de modo distinto, e essa acaba quando a dominação de uma predomina sobre a outra. O continente africano é considerado como origem da humanidade e com uma heterogeneidade cultural para ser pesquisada.

                           Além disso, antes mesmo que os europeus colonizarem de forma desumana o continente africano, submetendo as piores crueldades já conhecidas na historia, a África já era colonizada pelos muçulmanos. Especialmente a parte norte que é o Egito. Muitas vezes no nosso imaginar esses países não se localizam no continente africano. A civilização africana foi suprimida pelo etnocentrismo europeu, prevaleceu a “cultura” européia, onde os valores morais, rituais, religiosos e políticos africanos, nunca abrangeram nos ensinos curriculares e os costumes desses povos nos editos escolares, pois limitam o passado e o presente desse povo.

                           Imaginar que era um povo sem comando, sem cultura, e sem concepção do mundo e renegar esse povo ao mero esquecimento. Esboços realizados provam que a cultura africana é muito forte, exemplo temos no nosso país, Brasil, que recebeu influências marcantes da cultura africana, exemplo: O samba, a capoeira as tradições religiosas as tranças nos  cabelos, o gingado, a música, o acarajé e o berimbau. São influências culturais que trouxeram com eles, mesmo sendo obrigados a aprender a cultura portuguesa, foram fortes, e muitas vezes ás escondidas realizavam o que eles tinham e nasceram com eles suas tradições culturais.

                         Na realidade eram povos de costumas diferentes, cada tribo com sua particularidade, que só a eles concerniam, caçavam, pescavam, tinham combatentes, tinham governos e constituíam famílias e viviam  em sociedades e tinham tradições culturais.
                             






REFERÊNCIA
                
 PILETTI, Claudino,PILETTI,Nelson. Historia e vida. ed.14ª - Ed. Ática,1998          São Paulo-SP
GOMES, Nilma Lino.Cultura Negra E Educação. Rev.Bras.Educação- 2003Disponível em http//www.scielo.br/pgf/rbedu www.unoparvirtual.com.br

Castelo, Patrícia  Branco - Universidade Norte do Paraná – Formação do Estado e Colonialismo - Historia  da África - Módulo III Londrina: UNOPAR. 2008

Ferraz, Francisco Alves César - Universidade Norte do Paraná – Formação do Estado e Colonialismo - Historia  Moderna I - Módulo III Londrina: UNOPAR. 2008

VIERA, Francisco Santos Silveira. Do eurocentrismo ao Afropessimismo. 2006 Disponível:htpp//www.maxwuell.lamdba.ele.puc-rio.br/cgibin www.unoparvirtual.com.br



sexta-feira, abril 22, 2011

DIFERENÇAS CULTURAIS ENTRE ÍNDIOS E BRANCOS

                        DIFERENÇAS CULTURAIS ENTRE ÍNDIOS E BRANCOS

                        A globalização ocorrida no final do século XX, que desenvolveu tanto no âmbito cultural, econômico, social e político, fez com que o mundo se tornasse uma aldeia global, ocasionou maior convivência cultural para culturais que antes nunca tinham se interligado, criando com isso um mosaico cultural. O texto referente ao Portifolio (147556) reflete sobre o multiculturalismo que está acontecendo dentro de várias tribos na Amazônia, principalmente nas aldeias Ticunas. Citamos como características a não aceitação de pintar o pescoço com jenipapo para ter voz grossa por parte de alguns jovens. Sendo uma das tradições dessa tribo.
                       Os contatos com outras culturas vêm aproximando essas tribos do homem branco e interligando um mundo que antes eles não conheciam, e levando para o seio da sociedade indígena valores desconhecidos e criando preconceitos e transformando jovens indígenas. Citamos como exemplos numa entrevista dada para o jornal a folha, o índio Darcy Ribeiro Murati, 40 anos, destaca a homossexualidade entre índios de sua tribo Ticuna. “Isso é novo para eles. Não víamos indígenas assim, agora rapidinhos, cresceu em todas as comunidades, são meninos de 10, 15 anos”. 

                        Problemas como o uso de drogas, álcool, a busca nas cidades por empregos e festas populares, pintando o cabelo e outros apetrechos encontrados nas culturas urbanas vêm transformando e trazendo preocupações aos chefes dessas tribos. Visto que os chefes destas tribos até agora não encontraram soluções para resolver estes problemas. Ao entrar em contanto com o mundo desconhecido, e participando dessa nova cultura, eles almejam vivenciar esses costumes de vida, transformando também seu habitar. Com isso são pressionados, muitos até para deixarem as tribos onde vivem. Na realidade a sociedade brasileira tem sua parcela de culpa, ao estabelecer contato com esses nativos, não prepararam de maneira cultural esses indígenas para o convívio de outro modo de vida. Pois costumes e tradições culturais urbanas foram inseridas nessas tribos, o uso da televisão, da parabólica do rádio do celular, toda essa parafernália tecnológica criou exigências e originou expectativas nesses povos, reivindicações que poucas foram atendidas, criando algumas vezes uma paralaxe cultural e levando ao esquecimento de seus hábitos tradicionais. Esse presente vivido através desse multiculturalismo segundo o antropólogo Darcy Ribeiro já existia desde os meados do século XIX, mas em escala menor.

                        Entretanto para Olavo de Carvalho a relação com outras culturas cria sensações diferentes e transporta aquilo que ele sente para uma análise evidente de sua cultura em relação às demais. Cada povo deve defender suas tradições e não deixar que outras culturas venham transcender o marco estrito da sua própria cultura. Pois a indução de outra cultura por parte de um membro é muitas vezes concebida como desvio ou falta de conhecimento, sendo que o multiculturalismo é uma ameaça para determinadas culturas. Visto que ele já nasce com tradições e  formação cultural e social e desenvolve-se economicamente dentro do seu habitar inserido.

                        Conseqüente esses fatos observamos que a existência de culturas diferentes é convivialmente aceitável desde que não transcenda a originalidade e os costumes e hábitos de outra cultura. Sendo que o monoculturalismo é ligado ao nacionalismo e tende a assimilação de sua cultura a imigrantes nos países na qual o acolhe. Cada indivíduo tem direito de escolher o que lhe convier desde que estabeleça uma relação de concordância e padrões definidos no meio em que vive.  No Brasil é um pouco complexo visto que houve uma miscigenação de povos onde existi um entrelaçamento cultural devido à colonização.

                         Segundo BORDONAL (2008, p.124)
Tem se duas interpretações diferentes para o termo cultura. Ela pode ser entendida como processo de formação individual em que o sujeito é preparado e educado para acumular determinadas informações que o enriquecem; em um segundo momento a cultura coletiva no sentido de povo.

                        Ao falarmos em cultura estamos falando de povos, religiões, políticas e tradições, multiculturalismo e monoculturalismo, cada tribo com suas peculiaridades, cabe a cada indivíduo no seu cognitivo saber assimilar e cotejar os valores intrínsecos, daquilo que é diferente pare ele, se vale a pena ou não assimilar e por em prática, mais não deturpado os valores inseridos em sua cultura original.


                                                       REFERÊNCIAS
Bordonal, Guilherme Contieri – Universidade Norte do Paraná - História, Povo, Cultura e Religião – Modernidades, Conceitos e valores - Módulo IV: ed. Unopar Londrina: 2008.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasi/ult96u426640.shtml - Acesso disponibilizado do texto extraído pela Unopar: Índios gays são alvo de preconceito no AM.

http://www.olavo/decarvalho.org/semana/061219dce. html   Acesso disponibilizado do texto extraído pela Unopar:  Por baixo da mesaDiário do Comércio

http://www.rosanevolpatto.trd.br/ticuna1.htm - Índios do Brasil, Primeiros povoadores do Brasil - Prado, J.H.de Almeida.