Os
primeiros seres humanos, para abrigarem-se dos perigos da natureza, animais, frio, etc., ergueram
abrigos que eram feitos de pedras e ossos e pedaços de paus. Alguns habitavam em cavernas, em grutas ou em céu aberto. Esses
refúgios constituíram às primeiras habitações dos seres humanos.
Desde o começo
do período colonial no Brasil
a questão referente à moradia está relacionada
a imensas desigualdades sociais existentes neste país.
Com o
ingresso das bandeiras ou expedições no interior do Brasil, principalmente com a descoberta
das minas de ouro foram construídos
perto dessas minas de ouro alguns cabanas e casebres, algumas desses locais cresceram e se transformaram em vilas, algumas vilas transformaram em cidades, devido ao estágio
de desenvolvimento que iam apresentando.
Essas vilas cresceram sem nenhum plano urbano. Realidade
presente nos dias atuais. Onde casas, prédios, ruas, loteamentos que surgem
sem qualquer projeto urbanístico causando consequências para os moradores e, sobretudo, para os governantes resolverem.
Os primeiros seres humanos
habitavam moradias simples, feitas de folhas, ossos e peles de animais. Com o passar dos tempos
os seres humanos começaram a
utilizar outros recursos mais
adequados para se abrigarem das tempestades, dos animais e do frio, etc.
A
partir daí começaram a surgir vários
tipos de moradias que variavam de acordo com o ambiente em que viviam e do material encontrado.
As
primeiras casas surgiram na Ásia, numa região conhecida por Mesopotâmia.
Mesopotâmia é uma palavra de origem grega que significa “entre rios”. Nessa região
foi construída a cidade da Babilônia que se transformou em um dos maiores impérios do passado.
A região da Mesopotâmia era habitada por vários povos. Um dos principais
povos que habitaram essa região foram os sumérios. Além de criaram a escrita, os sumérios construíram as primeiras urbes do mundo: Ur, Uruk. Eridu e Nipur foram às primeiras cidades do planeta.
Outros
povos se estabeleceram às margens
dos rios, formandos cidades. Essas civilizações ficaram conhecidas como civilizações fluviais.
No
Egito, ás margens do rio Nilo foram fundadas várias cidades,
outras surgiram no vale dos rios Hoang-Ho (Rio Amarelo) e Yang-Tsé (Rio Azul) na China, país que está localizado no continente asiático.
No Brasil em algumas regiões os primeiros habitantes
moravam em cavernas ou em grutas. Construíam simples moradias que
eram cobertas de palhas, usavam troncos de arvores como coluna.
Em
vários lugares do Brasil principalmente na zona rural os mesmos métodos utilizados
nos tempos antigos para erguer moradias são empregados nos dias atuais.
Os povos
indígenas que habitam nas regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil mantêm os
mesmos costumes e tradições dos seus antepassados. Suas habitações são construídas conforme a arquitetura que seus antepassados
usavam.
As
primeiras casas, igrejas, edificadas em solo brasileiro algumas sofreram influência portuguesas no período colonial.
As habitações feitas de taipa ou pau a pique eram bastante utilizadas. É uma técnica construtiva
antiga que ainda hoje é empregada na construção
de casas na zona rural. A estrutura e feita de paus, varas e bambus que se entrelaçavam, os espaços
vazios são preenchidos com barro molhado
e amassado que abarrota os espaços
deixados para formação das paredes.
Com o passar
dos tempos novas técnicas foram desenvolvidas, atualmente são empregados blocos que são feitos de cimento misturado com areia e água, blocos de gesso, etc. Há variedade no mercado
de telhas, algumas são feitas de amianto outras de barro queimado,
etc.
Nossos
antepassados jamais
ponderaram que algum dia fosse construído edifícios com mais de dez, cinquenta, cem e até duzentos andares, conhecidos
como arranha céus.
As cidades passaram e estão em constante processo de urbanização com aproveitamento dos espaços
e a utilização tecnológica. Todas as transformações sobrevindas desde a colonização,
principalmente no século XIX colaboraram para o aumento da população. Cidades passaram a existir sem infraestrutura e sem saneamento
básico.
A
partir do século XX, deu-se inicio ao processo de industrialização do Brasil,
esse acontecimento foi responsável
pela migração do homem do campo para os centros urbanos, migravam da zona rural em busca de ofício que lhes oferecessem condições de
vida mais digna e humana.
Todavia
com
toda disponibilidade tecnológica, industrialização,
elevados impostos, dinheiro nas mãos de políticos desonestos, má aplicação dos recursos em prol da sociedade faz
com que os serviços necessários não cheguem a toda à população.
Outro
fator que contribui para os agravos urbanos é o êxodo rural, o êxodo das regiões mais pobres para as áreas industrializadas.
Contudo estas cidades não estão organizadas para receberem novos residentes. Passam com isso a enfrentar
problemas de diversas naturezas, como habitação, falta de lazer,
saúde pública, criminalidade, transporte,
educação e emprego, etc.
Autor:
Professor Plínio Farias