Idade Média
Chama-se Idade Média o período compreendido
entre a queda do Império Romano do Ocidente e o período histórico determinado
pela afirmação do capitalismo sobre o modo de produção feudal.
Compreendido também entre a cultura
renascentista e os grandes descobrimentos. A Idade média que vai da formação
dos reinos germânicos, a partir do século V com a consolidação do feudalismo,
entre os séculos IX e XII e a Idade baixa Média, que vai até o século XV,
caracterizada pelo crescimento das cidades.
A Idade Media é formada por uma sociedade
agrária. Um mundo rural, baseada em conflitos entre os senhores e camponeses.
Entretanto
estudos revelam a importância que assumiram as formações urbanas nesse período
e os conflitos sociais urbanos. Envolvendo diversos segmentos da sociedade
medievo, senhores agrários, mercadores, artesãos e trabalhadores de diversas
camadas.
Estudar esses conflitos é adentrar na história
das formações e constituições das sociedades e cidades medievais. O apogeu das
cidades medievais está ligado ao declínio da sociedade e organização feudal.
Surge uma nova ordem, onde a burguesia urbana assume
o papel econômico, com plantio de novas lavouras, crescimento demográfico,
aumento da produção agrícola, e o emprego novas técnicas. O homem do campo consegue
excedente na produtividade e mão de obra barata. Esses acontecimentos beneficiou
o retorno do desenvolvimento das cidades.
Nas cidades,
a produção era realizada pelos artesãos, eles reuniam-se em corporações
conhecidas por guildas. Em cada
corporação existiam os mestres, os oficiais e os aprendizes que exerciam
determinada profissão.
Existiam
regulamentos que atuavam na defesa de seus membros e das manufaturas que
produziam. Outro local com aspectos semelhantes eram as feiras livres e em
particular o comércio, a religiosidade e a vida política também fazia parte do
cotidiano. As mulheres trabalhavam e eram exploradas e sofriam preconceitos por
alguns homens da comunidade.
Em 1250 d.C, a maioria das cidades tinham
uma população de dez mil habitantes. Paris tinha 200 mil, algumas cidades
Italianas possuíam uma população de 60 mil.
Os
prédios eram construídos em ruas estreitas, muitas dessas cidades surgiram
perto de castelos devido ao estabelecimento de pontos comerciais próximos.
Os
conflitos sociais das cidades da Idade Medieval e principalmente no século XII,
começaram a surgir devido às cidades atraírem homens de diversas categorias
sociais e diversas origens. Os novos moradores procuram nas cidades novas
possibilidades de uma vida melhor, proliferando assim novas classes sócias:
ricos, pobres e excluídos.
Observar
a realidade das cidades medievais permite compreender melhor as formas como as
cidades médias se caracterizam enquanto um espaço de conflito e como se
constituíram. Nessas cidades o capitalismo se afirmou como a ideologia do
trabalho.
No
entanto, hoje, as cidades constituem um espaço amplamente aberto ao exterior,
de acesso fácil. Mais ainda reina insegurança e formas extremas de miséria. Na Idade Média, simboliza o oposto. A cidade é
a ordem, o que fica para lá das muralhas, a antítese daquilo que seus
habitantes procuram nas ruas e praças.
Para alguns as cidades representam riqueza, o
lugar ideal para viver. Para outros, algo negativo, pois permite a proliferação
de miseráveis e multiplicação de vícios.
Entretanto hoje em pleno século XXI, os
conflitos e características têm natureza alicerçada em diversas formas, seja na
solidariedade e na marginalização. A sociedade fica à espera de um bom governo
onde esses resolvam seus problemas: Saúde, moradia, educação, etc. São
problemas que essa mesma sociedade medieval guarda alguns paralelos com o
fenômeno urbano atual.
Autor: Plinio Farias
Referência:
ABREU,Jean L.Neves, Rev. Virtual de Humanidade. Soc. Urbana e conflitos
sociais na Idade Média n.11 v.5jul./set. 2004
LOPES,Paulo, Os livros de viagens
medievais. Instituto de Estudos Medievais, ano2 nº2 2006.
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