segunda-feira, setembro 30, 2013

HISTÓRIA: CANUDOS

Canudos
No final do século XIX, entre 1896 a 1897, integrantes de um movimento popular sócio religioso rebelou-se contra cobranças de impostos, precariedades de vivências que os mesmos conviviam no interior do sertão do Estado da Bahia. 
canudos” planta típica daquela região com haste oca.
Em 1861 um peregrino de prenome Antônio Vicente Mendes Maciel, natural da cidade de Quixeramobim Estado do Ceará, após ser abandonado pela esposa principiou a peregrinar pelo sertão nordestino, realizando pregações e contrapondo as ordens do novo governo republicano.
Ficou conhecido por Antônio Conselheiro, exerceu várias profissões: Professor, advogado, chegou a frequentar o seminário católico, porém por problemas financeiros não finalizou.
Devido a seus discursos várias pessoas tornaram-se simpatizantes e seguidores, acreditavam que ele efetivava milagres e era um homem santo.
Antônio Conselheiro e seus seguidores por onde passavam construíam igrejas e discordavam dos republicanos. No ano de 1876 foi preso, porém foi liberto por falta de provas.
Em 1893, por causa de seu comportamento perante o Estado e suas pregações, alguns polícias foram destacados para prendê-lo. Houve resistência e Antônio Conselheiro juntamente com adeptos procuraram refúgio numa fazenda abandonada de prenome Canudos.
Neste local fundaram um arraial chamado de Belo Monte, anos mais adiante se tornou a segunda cidade mais povoada do Estado da Bahia, com quase trinta mil habitantes.
A maior insurreição do interior do Brasil republicano foi registrada naquele vilarejo. Tendo como líder Antônio Vicente Mendes Maciel, ex-estudante seminarista católico. Sob seu comando conduziu um dos mais importantes movimentos contra o governo republicano brasileiro.
Os integrantes deste movimento exigiam iniciativas sócias, respeito à cidadania, bem-estar e a não cobranças das altas taxas de impostos, o fim da celebração do casamento civil e a separação da igreja com o Estado.
Antônio Conselheiro recomendava ignorar as ordens do Estado. Por essa descortesia foi enviados trinta milico ao povoado, com ordens de prisões para o líder e alguns seguidores.
As margens do rio Vaza-Barris refugiaram-se numa fazenda abandonada conhecida pelo nome de Canudos. Ali Antônio Conselheiro construiu algumas casas, alguns anos depois seria o palco da maior insurreição do interior do Brasil republicano.
A cidade de Canudos recebeu imigrantes de varias partes do Nordeste em busca de terras para plantar e de proteção.
Os meios de comunicações, o clero e os latifundiários incomodados com as constantes migrações e uma urbe independente difundiram conceitos contra a personalidade de Antônio Conselheiro. Como perigoso e monarquista, estando a serviço de outras nações, essas justificativas ganharam apoio popular isso colaborou para que o governo decretasse guerra contra a cidade de Canudos.
Antônio Conselheiro era considerado guia espiritual, alguns fazendeiros se uniram a Antônio Conselheiro para obterem apoio popular.
A rotina do Arraial era lavrar a terra para o plantio, artesanato e construções de moradias.
Os motivos que incitaram o governo a enviar tropas para sobrepujar as pretensões dos moradores foram:
A compra de madeiras a comerciantes da cidade de Juazeiro, para a construção da igreja, o pedido não foi entregue, entretanto foi pago antecipadamente.
Na cidade de Juazeiro houve rumores que alguns seguidores viriam buscar o pedido a força. Os governantes de Juazeiro solicitaram ao governo do Estado ajuda.
Sob o comando do Tenente Manuel da S. Pires, cem soldados foram destacado para a cidade de Juazeiro-Ba, percebendo que era um alarme falso o comandante das tropas decidiu partir rumo à cidade de Canudos. Ao chegar à cidade de Uauá foram surpreendidos durante a madrugada por seguidores de Antônio Conselheiro.
Alguns soldados do exército foram enviados para dissipar aquela comunidade. Em novembro de 1896 a primeira expedição foi derrotada na cidade de Uauá, em 1897 a segunda expedição no vilarejo de Tabuleirinho, a terceira foi conduzida pelo Tenente–Coronel Moreira César conhecido por “corta-cabeças” os guerrilheiros abateram o Tenente Moreira César as tropas governamentais debandaram do local.
Em 1897 a quarta expedição foi enviada, Canudos não resistiu ao cerco das tropas, em 05 de outubro de 1897 os últimos sobreviventes pereciam, os residentes não tiveram tempo para fugirem e foram assassinados.
Os discursos de Antônio Conselheiros mostram um homem preocupado com as injustiças sociais, daqueles que usufruíam das fragilidades dos menos favorecidos. Afrontava os governantes repudiando as normas redigidas pelo Estado.
Um nova cidade foi erigida com o mesmo nome, está situada a cerca de 15 km onde era localizada a antiga cidade de canudos. A antiga cidade de Canudos foi inundada pela construção de açude de Cocorobó.
Canudos ainda existem nesses sertões, agonizado, pedido auxílio, sofrendo, sendo castigados e esquecidos pelos poderes públicos. Os seguidores ainda lutam por dias melhores. Os políticos ainda estão em cima dos palanques e precisam descerem para por em práticas os objetivos da sociedade.
A guerra de Canudos é considerada um dos maiores crimes já praticados no Brasil.
Autor: Plínio Farias
Referências

http://historiandonanet07.wordpress.com/2011/08/01/canudos-1893-1897/

 

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