sexta-feira, abril 22, 2011

DIFERENÇAS CULTURAIS ENTRE ÍNDIOS E BRANCOS

                        DIFERENÇAS CULTURAIS ENTRE ÍNDIOS E BRANCOS

                        A globalização ocorrida no final do século XX, que desenvolveu tanto no âmbito cultural, econômico, social e político, fez com que o mundo se tornasse uma aldeia global, ocasionou maior convivência cultural para culturais que antes nunca tinham se interligado, criando com isso um mosaico cultural. O texto referente ao Portifolio (147556) reflete sobre o multiculturalismo que está acontecendo dentro de várias tribos na Amazônia, principalmente nas aldeias Ticunas. Citamos como características a não aceitação de pintar o pescoço com jenipapo para ter voz grossa por parte de alguns jovens. Sendo uma das tradições dessa tribo.
                       Os contatos com outras culturas vêm aproximando essas tribos do homem branco e interligando um mundo que antes eles não conheciam, e levando para o seio da sociedade indígena valores desconhecidos e criando preconceitos e transformando jovens indígenas. Citamos como exemplos numa entrevista dada para o jornal a folha, o índio Darcy Ribeiro Murati, 40 anos, destaca a homossexualidade entre índios de sua tribo Ticuna. “Isso é novo para eles. Não víamos indígenas assim, agora rapidinhos, cresceu em todas as comunidades, são meninos de 10, 15 anos”. 

                        Problemas como o uso de drogas, álcool, a busca nas cidades por empregos e festas populares, pintando o cabelo e outros apetrechos encontrados nas culturas urbanas vêm transformando e trazendo preocupações aos chefes dessas tribos. Visto que os chefes destas tribos até agora não encontraram soluções para resolver estes problemas. Ao entrar em contanto com o mundo desconhecido, e participando dessa nova cultura, eles almejam vivenciar esses costumes de vida, transformando também seu habitar. Com isso são pressionados, muitos até para deixarem as tribos onde vivem. Na realidade a sociedade brasileira tem sua parcela de culpa, ao estabelecer contato com esses nativos, não prepararam de maneira cultural esses indígenas para o convívio de outro modo de vida. Pois costumes e tradições culturais urbanas foram inseridas nessas tribos, o uso da televisão, da parabólica do rádio do celular, toda essa parafernália tecnológica criou exigências e originou expectativas nesses povos, reivindicações que poucas foram atendidas, criando algumas vezes uma paralaxe cultural e levando ao esquecimento de seus hábitos tradicionais. Esse presente vivido através desse multiculturalismo segundo o antropólogo Darcy Ribeiro já existia desde os meados do século XIX, mas em escala menor.

                        Entretanto para Olavo de Carvalho a relação com outras culturas cria sensações diferentes e transporta aquilo que ele sente para uma análise evidente de sua cultura em relação às demais. Cada povo deve defender suas tradições e não deixar que outras culturas venham transcender o marco estrito da sua própria cultura. Pois a indução de outra cultura por parte de um membro é muitas vezes concebida como desvio ou falta de conhecimento, sendo que o multiculturalismo é uma ameaça para determinadas culturas. Visto que ele já nasce com tradições e  formação cultural e social e desenvolve-se economicamente dentro do seu habitar inserido.

                        Conseqüente esses fatos observamos que a existência de culturas diferentes é convivialmente aceitável desde que não transcenda a originalidade e os costumes e hábitos de outra cultura. Sendo que o monoculturalismo é ligado ao nacionalismo e tende a assimilação de sua cultura a imigrantes nos países na qual o acolhe. Cada indivíduo tem direito de escolher o que lhe convier desde que estabeleça uma relação de concordância e padrões definidos no meio em que vive.  No Brasil é um pouco complexo visto que houve uma miscigenação de povos onde existi um entrelaçamento cultural devido à colonização.

                         Segundo BORDONAL (2008, p.124)
Tem se duas interpretações diferentes para o termo cultura. Ela pode ser entendida como processo de formação individual em que o sujeito é preparado e educado para acumular determinadas informações que o enriquecem; em um segundo momento a cultura coletiva no sentido de povo.

                        Ao falarmos em cultura estamos falando de povos, religiões, políticas e tradições, multiculturalismo e monoculturalismo, cada tribo com suas peculiaridades, cabe a cada indivíduo no seu cognitivo saber assimilar e cotejar os valores intrínsecos, daquilo que é diferente pare ele, se vale a pena ou não assimilar e por em prática, mais não deturpado os valores inseridos em sua cultura original.


                                                       REFERÊNCIAS
Bordonal, Guilherme Contieri – Universidade Norte do Paraná - História, Povo, Cultura e Religião – Modernidades, Conceitos e valores - Módulo IV: ed. Unopar Londrina: 2008.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasi/ult96u426640.shtml - Acesso disponibilizado do texto extraído pela Unopar: Índios gays são alvo de preconceito no AM.

http://www.olavo/decarvalho.org/semana/061219dce. html   Acesso disponibilizado do texto extraído pela Unopar:  Por baixo da mesaDiário do Comércio

http://www.rosanevolpatto.trd.br/ticuna1.htm - Índios do Brasil, Primeiros povoadores do Brasil - Prado, J.H.de Almeida.

Um comentário:

  1. Anônimo2.5.13

    Texto completo, gostei bastante, ajudou muito!!

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