segunda-feira, abril 25, 2011

O ENCONTRO DO EUROPEU COM O AFRICANO

  O ENCONTRO DO EUROPEU COM O AFRICANO

A partir do século XV com o desenvolvimento do comércio em toda  Europa, alguns países procuraram novas rotas comerciais. Os portugueses, espanhóis, Ingleses e holandeses foram os primeiros a aventuarem nesse intento.

A superioridade militar, armas possantes, o  acúmulo favorável na balança comercial contribuíram para a expansão colonialista européia em todo mundo, especialmente no continente africano. Com o incremento das navegações e capitalização de dinheiro, foi possível entrar em contato com o resto do mundo.  Portugal e Espanha foram os primeiros paises a aventurarem por vias desconhecidas.
 
Dias depois desenbarcaram em regiões desconhecidas, encontraram povos com costumes dessemelhantes, perceberaram a fragilidade de coordenação governamental dos habitantes recém conhecidos. por possuírem melhores armamentos e  conhecimentos técnicos prevaleceu o eurocentrismo dos conquistadores.
 
Explorando a força de trabalho desses povos de forma bárbara, conseguiram sustentar a metrópole (Portugal) e  viverem em magnificência, ao mesmo tempo conseguem manterem a balança comercial, ampliando o comércio com outros países. Começaram então a explorarem o continente africano de forma desleal, prevaleceu a superioridade tanto na dominação cultural, religiosa, econômica e política, pois os conquistados não apresentavam qualquer poder centralizado e hegemônico.

 Espantados e preocupados ficaram os conquistadores europeus ao entrarem em contanto com povos desconhecidos de tonalidades escuras, salvo-conduto que: Os nativos também ficaram espantados com homens de cor branca, conhecidos por europeus. Os ocidentais a princípio pensaram que seriam uma tinta de cor preta sobre seus corpos, ao depararem com homens seminus, pintados e com adereços, flechas nas mãos e olhares cautelosos.

                         Imperou a superioridade da civilização européia perante aqueles povos que eles chamaram de incivilizados, sem visão do mundo, ignorantes, bárbaros, selvagens, sem expectativa, a qual o europeu chamou de o “outro”. Foram dominados, prendidos, humilhados, trancafiados e atirados nos porões das caravelas como se fosse qualquer mercancia. Esses nativos provinientes do continente Africano constituíram mão-de-obra ancila para as diversas colônias das metrópoles e enriquecimento das mesmas.

                           O homem contemporâneo era visto como civilizado, contemplativo, religioso e morava em sociedade. É comerciante e proletariado, é sonhador, procura explorar o máximo seus conhecimentos e por em prática, explora a força de trabalho e é assalariado, é também explorador, aventuroso, conquistador e desbravador. Sendo conquistador deixa sua terra natal para descobrir novas rotas comerciais sobre licenças dos reis que financiavam as excursões no intento de conquistar novas rotas para comercializar e comprar as manufaturas, com a finalidade de enriquecer e  conquistar novos horizontes.

                         Enquanto o “Outro” como foi chamado pelos europeus os africanos.  Ao entrarem em contacto com os africanos sentiram-se superiores, devido o primitivismo que os povos tribais viviam perante os ocidentais. E foram submetidos ao etnocentrismo e ao eurocentrismo, onde a cultura européia predominou.

                           A repercussão deste contato foi à declaração de um povo primitivo, sem princípios, arcaico e ante-social, de cor alheia selvagem, apático e atrasado, sem cultura e administração.
                        Segundo Vieira (2006, p,3 )

A suposta superioridade da cultura ocidental é uma ideologia internalizada pelos próprios colonizadores, sobretudo as elites dominantes nacionais. Dentro desta visão a elite dominante representa o estágio mais avançados do desenvolvimento humano. E é nesse contesto que as culturas dos povos dominados são retratadas como arcaicas. Os índios americanos ganharam á imagem de nobre selvagem, e os asiáticos a fama do saber já morto, nenhuma cultura foi considerada mais primitiva ou arcaica do que a africana.

                          Na realidade sobressaiu à superioridade tanto militar, econômica e técnica, e acima de tudo ideológica. Devido o aparecimento de uma nova consciência e modo de pensar adquirida com o movimento renascentista, que trouxe noção de conhecimento nas navegações e outras ciências.  Não devemos esquecer que cada povo apresenta sua cultura de modo distinto, e essa acaba quando a dominação de uma predomina sobre a outra. O continente africano é considerado como origem da humanidade e com uma heterogeneidade cultural para ser pesquisada.

                           Além disso, antes mesmo que os europeus colonizarem de forma desumana o continente africano, submetendo as piores crueldades já conhecidas na historia, a África já era colonizada pelos muçulmanos. Especialmente a parte norte que é o Egito. Muitas vezes no nosso imaginar esses países não se localizam no continente africano. A civilização africana foi suprimida pelo etnocentrismo europeu, prevaleceu a “cultura” européia, onde os valores morais, rituais, religiosos e políticos africanos, nunca abrangeram nos ensinos curriculares e os costumes desses povos nos editos escolares, pois limitam o passado e o presente desse povo.

                           Imaginar que era um povo sem comando, sem cultura, e sem concepção do mundo e renegar esse povo ao mero esquecimento. Esboços realizados provam que a cultura africana é muito forte, exemplo temos no nosso país, Brasil, que recebeu influências marcantes da cultura africana, exemplo: O samba, a capoeira as tradições religiosas as tranças nos  cabelos, o gingado, a música, o acarajé e o berimbau. São influências culturais que trouxeram com eles, mesmo sendo obrigados a aprender a cultura portuguesa, foram fortes, e muitas vezes ás escondidas realizavam o que eles tinham e nasceram com eles suas tradições culturais.

                         Na realidade eram povos de costumas diferentes, cada tribo com sua particularidade, que só a eles concerniam, caçavam, pescavam, tinham combatentes, tinham governos e constituíam famílias e viviam  em sociedades e tinham tradições culturais.
                             






REFERÊNCIA
                
 PILETTI, Claudino,PILETTI,Nelson. Historia e vida. ed.14ª - Ed. Ática,1998          São Paulo-SP
GOMES, Nilma Lino.Cultura Negra E Educação. Rev.Bras.Educação- 2003Disponível em http//www.scielo.br/pgf/rbedu www.unoparvirtual.com.br

Castelo, Patrícia  Branco - Universidade Norte do Paraná – Formação do Estado e Colonialismo - Historia  da África - Módulo III Londrina: UNOPAR. 2008

Ferraz, Francisco Alves César - Universidade Norte do Paraná – Formação do Estado e Colonialismo - Historia  Moderna I - Módulo III Londrina: UNOPAR. 2008

VIERA, Francisco Santos Silveira. Do eurocentrismo ao Afropessimismo. 2006 Disponível:htpp//www.maxwuell.lamdba.ele.puc-rio.br/cgibin www.unoparvirtual.com.br



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