sexta-feira, dezembro 09, 2011

HISTÓRIA: RIO CACHOEIRA ITABUNA - BAHIA

HÁ REALIDADE DE ONTEM SÃO DIAS DE LEMBRANÇAS:
Meu e Seu: RIO CACHOEIRA:
Onde nasceste jamais busquei saber, ainda infante já ouvia seus bramidos;
As historíolas, os contos, os lamentos, as enchentes, tantas ledices, crendices, prantos, tormentos, sem palavras fico imóvel pensando não acreditando;
Eras imponente, dantes, opulências transportadas, seu jazer era exaltado, confirmado;
Marcou uma gêneses, de pioneiros, procedentes do sertão, homens audazes;
Capazes, fantasiosos, achegaram e nunca retornaram, aqui agricultaram;
Sem saber colheram ouro, geridos pelas águas do Rio Cachoeira, sementes, codinome cacau, riquezas, Itabuna, capital;
As lavadeiras, com cânticos exaltavam as suas correntezas, quantas grandezas!
Porém sobreveio de repente. Uma penumbra, trovoadas, atemorizou aquela gente. Há! Aquela enchente;
Uma simples garoa custou lágrimas, perdas, o que era encanto agora era pranto;
Permaneceu na história instantes inesquecíveis, ano 1964;
O tempo passou, o progresso abrolhou, não houve projetos, o preço, desespero;
Hoje rezingam, lastimam. Rio tão deslumbrado, os dias passaram-se, e de te não lembraram, não cuidaram. Hoje lacrimejam. Suas margens, cadê as árvores?
As suas correntezas agora são silenciosas, ofegosas, contrariantes;
Aos poucos tuas lágrimas percorrem vagarosamente, já há nitidez no teu chão, não há árvores no seu leito. Cadê os peixes, os pescadores, as lavadeiras, os trovadores?
Aqui estou talvez sonhando acordado, nesta ponte que não passa carros, passantes apressados. Onde estão os simpatizantes, aqueles que podem socorrer-te? Talvez à espera de uma nova eleição com promessas, recuperação;
Meu Rio Cachoeira agora lacrimejas tão silente, quando há enchentes os caminhantes, cessam, observam e nenhum escólio, trilham seus caminhos, inda e volta. Amanhã será como hoje, seu grito é de socorro;  
Até quando lutarás pela sua vivência? Permaneceis poluente. Tomara que não seja tarde quando lembrarem que tu existes!
Certamente levantaremos uma bandeira em nome da vida, porque a sua história é perene e também me pertence, as lembranças de te sempre existirão. Estarás sempre presente! Vivente! Porque a realidade de ontem, hoje é contundente.
 Autor: Professor: Plínio Farias

Estas fotos foram extraídas do google imagens.


Cidade de Itabuna Bahia-Brasil.


Estas fotos foram extraídas do google imagens.
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Cidade de Itabuna Bahia-Brasil.

Um comentário:

  1. Obrigado Prof. Plínio por essa preciosidade. Esperemos que surjam outros tantos professores, autores, escritores e poetas que possam transformar em versos e prosa as belezas saudosas do passado e hoje a evidente decadência, do nosso tão querido e poluído Rio Cachoeira.
    Parabéns Professor Plínio Farias!

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